Nascido no dia 12 de agosto de 1949, no Rio de Janeiro, Fernando Affonso Collor de Mello é filho de Arnon Afonso de Farias Melo e Leda Collor. Embora seja carioca, passou a infância e a juventude transitando entre as cidades de Maceió, Rio de Janeiro e Brasília porque seu pai era político. Foi para o Nordeste trabalhar como estagiário no Jornal do Brasil e como corretor de valores. Em Maceió, dirigiu o jornal Gazeta de Alagoas e, em 1973, assumiu os negócios da família com as Organizações Arnon de Mello. Fernando Collor de Mello foi presidente também do clube de futebol CSA, de Alagoas.
Na vida pessoal, Fernando Collor de Mello casou-se pela primeira vez com Celi Elizabeth Júlia Monteiro de Carvalho, em 1975. Sua esposa era herdeira do Grupo Monteiro Aranha, um grupo empresarias especializado em investimentos, e com ela teve dois filhos, Arnon Afonso de Melo Neto e Joaquim Pedro Monteiro de Carvalho Collor de Mello. Em 1980, teve um filho com sua amante Jucineide Braz da Silva, Fernando James Braz Collor de Mello, o qual também seguiu carreira política. Já divorciado, casou-se pela segunda vez, em 1984. Sua nova esposa, Rosane Brandão Malta, era proveniente de uma família de políticos alagoanos. Em 2006, Fernando Collor de Mello casou-se pela terceira vez. A escolhida foi Caroline Medeiros, jovem arquiteta de Alagoas, com a qual teve duas filhas gêmeas, Cecile e Celine.
Fernando Collor de Mello foi o responsável pela introdução do Neoliberalismo no país. Sob seu governo, o Estado brasileiro promoveu as primeiras privatizações do pós-Ditadura como tentativa de contar os índices inflacionários. Collor ainda lançou outras medidas econômicas, as quais chamou de Plano Collor, para tentar tornar a economia brasileira estável e competitiva. Em continuidade ao Plano Collor, veio o Plano Collor II e o Plano Marcílio que resultaram na insatisfação da população brasileira. Este último, em específico, determinou o confisco dos bens que os brasileiros tinham em poupança para uso do Estado. A medida repercutiu negativamente e a situação tornou-se ainda pior quando o irmão de Fernando Collor de Mello, Pedro Collor de Mello, denunciou o presidente por corrupção e desvio de dinheiro público. As acusações geraram uma investigação que comprovou os atos ilegais do presidente e o aproveitamento do dinheiro que teria sido confiscado da poupança dos brasileiros, culminando com o primeiro processo de impeachment do Brasil. Fernando Collor de Mello chegou a renunciar no final do ano de 1992 para não perder seus direitos políticos, mas o Congresso já havia votado pela sua deposição. Coube a Itamar Franco, seu vice, assumir a presidência e concluir o mandato, enquanto Fernando Collor de Mello estaria afastado da carreira política por alguns anos.
Durante 10 anos, Fernando Collor de Mello não pode se candidatar a cargos políticos no Brasil. Entretanto, apesar do impeachment sofrido, da corrupção comprovada e do envolvimento no caso da morte de P.C. Farias, Collor foi candidato ao governo de Alagoas em 2002. Naquela ocasião, o político foi derrotado. Todavia, nas eleições de 2006, foi eleito senador pelo mesmo estado. O que é ainda pior, pois uma vez eleito senador, Fernando Collor de Mello garantiu o direito de circular livremente pelo Senado e pelo Congresso até o final de sua vida.