MARIA I

Maria I da Inglaterra

Maria I da Inglaterra (1516-1558) foi a primeira rainha da Inglaterra a reinar por direito próprio. Buscando restaurar o catolicismo na Inglaterra, ela perseguiu centenas de protestantes e recebeu o apelido de Maria a Sanguinária.

Maria I da Inglaterra ou Maria Tudor nasceu no Palácio de Placentia, em Greenwich, Inglaterra, no dia 18 de fevereiro de 1516. Foi a única filha de Henrique VIII com sua primeira esposa, Catarina de Aragão a chegar à vida adulta. Era neta de Henrique II, fundador da Dinastia Tudor.

Princesa de Gales

Educada por sua mãe e instrutores, ela se dedicou ao estudo da música e da linguagem. Em 1525, com 9 anos, foi proclamada Princesa de Gales e foi enviada para morar na fronteira Galesa, época em que seu pai já tentava negociar um casamento para a filha.

Filha Bastarda

Em 1527, quando Henrique VIII solicitou a anulação de seu casamento com Catarina para casar com Ana Bolena, na esperança de ter um filho varão, Maria foi declarada bastarda, e privada de usufruir do título de princesa. Maria jamais admitiu sua ilegitimidade da dinastia e se negou a entrar para um convento.

Perdão do Rei

Depois de três anos casado com Ana Bolena, com quem teve mais uma filha, Elizabeth, e ainda sem um filho varão, Henrique VIII acusa Ana Bolena de adultério e manda executá-la. Oferece perdão a Maria, com a condição de que ela o reconhecesse como chefe da Igreja da Inglaterra. Maria aceitou a exigência, aconselhada por seu primo Carlos V da Espanha. Desse modo, obteve o direito de sucessão depois do filho varão do pai.

Rei Eduardo VI

Após a morte de Henrique VIII, em 1547, herdou o trono, Eduardo VI, com apenas 9 anos, filho de Henrique VIII e Jane Saymor, sua terceira esposa. A regência do trono fica nas mãos de seu tio Eduard Seymour. O rei Eduardo VI permaneceu no trono entre 1547 e 1553.

Ainda em 1547, foram introduzidas novas reformas na liturgia eclesiástica, como a substituição do latim pelo inglês. Maria não aceitou as novas reformas e sofreu perseguições, só escapando graças à intervenção de Carlos V.

Rainha da Inglaterra e Irlanda

Com a morte de Eduardo VI, os nobres ingleses tentaram impor ao trono Lady Jane Grey, a neta da irmã mais nova de Henrique VIII, conforme acordo secreto de Eduardo e seus assessores. Mas a rebelião foi dominada e Maria proclamada rainha da Inglaterra e Irlanda, a primeira rainha reinante e por direito próprio.

No início, Maria I reconheceu o dualismo religioso estabelecido por seu pai, mas com forte formação católica, Maria I desejava restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Iniciou abolindo várias leis promulgadas por seu meio-irmão Eduardo VI. Mandou prender alguns bispos protestantes, mesmo à custa de cruéis perseguições, quando 300 protestantes foram queimados, o que lhe valeu o cognome de “Maria a Sanguinária”.

Casamento

Em 1554, com 37 anos, para assegurar a restauração religiosa, e precisando de um herdeiro católico, para evitar que o trono caísse nas mãos de sua meia-irmã e protestante Elizabeth, Maria I casa-se com o sobrinho e rei católico, Filipe II da Espanha, filho de Carlos V. O casamento de Maria I com um rei católico indignou os ingleses.

O casamento com o rei espanhol não deixou herdeiros, e o rei passou pouco tempo na Inglaterra. Desastrosamente Filipe II aboliu o comércio inglês com as colônias portuguesas e espanholas. Declarou guerra à França e arrastou a Inglaterra para o conflito militar, o que custou para a Inglaterra a área de Calais, o último vestígio de possessões continentais da Inglaterra.

Sem filhos, aflita e doente, Maria I faleceu em St. James Palace, em Londres, no dia 17 de novembro de 1558. Foi sepultada na Abadia de Westminster. Foi sucedida por sua meia-irmã Elizabeth I.

ESTE SITE FOI CRIADO USANDO