Apesar da vitória cantada por Ramsés II de que havia vencido sozinho milhares de hititas, levando-os a perecerem no rio Orontes, o que possivelmente houve foi um final de batalha sem vencedores. E isto de acordo com tabelas de argila encontradas por arqueólogos na região da Anatólia, atual Turquia, no início do século XX. Nas tabelas escritas em acadiano, língua utilizada na comunicação entre povos distintos da época, os hititas também se declararam vitoriosos na batalha, o que levou os arqueólogos a afirmarem que houve empate no conflito.
O objetivo da batalha era o controle da região da atual Síria, no Oriente Médio, entre os impérios egípcio e hitita. A batalha da cidade de Kadesh envolveu cerca de duas dezenas de milhares de combatentes e cerca de 5 mil carros de combate e carruagens.
Os egípcios chegaram próximos à cidade e montaram um acampamento próximo ao rio Orontes. Acreditando em informações repassadas por dois supostos beduínos, de que os exércitos hititas estavam em Alepo, mais ao norte, Ramsés e seus comandados avançaram no território com o intuito de pegar as tropas do rei Mutawali de surpresa. Entretanto, ao chegarem à cidade de Kadesh, os egípcios foram surpreendidos pelas tropas hititas que estavam atrás de um monte.
Ramsés havia se empolgado com a informação e avançou com apenas uma das divisões de seu exército, a divisão Rá. Os egípcios foram cercados pelos carros de guerra hititas e sofreram um intenso ataque com as flechas dos inimigos. A guarda pessoal do faraó conseguiu furar o cerco e fugir para o acampamento. Os hititas os seguiram e passaram a pilhar o acampamento egípcio. Neste momento, as demais divisões egípcias, Ptah e Set, vindas do sul, correram em auxílio ao faraó, o que levou as tropas de Mutawali a recuarem novamente à cidade de Kadesh.
O conhecimento desta batalha e do acordo entre hititas e egípcios foi possível graças aos registros feitos sobre ele nos templos feitos em homenagem a Ramsés, evidenciando a importância da arqueologia