Depois das negociações, o Tratado de Versalhes previa os benefícios e punições a cada um dos lados envolvidos na guerra. A Polônia foi colocada como um Estado independente e livre do anterior domínio russo. A França conseguiu reaver a região da Alsácia-Lorena. As colônias alemãs na África foram divididas entre ingleses, belgas, franceses. As colônias alemãs no Pacífico foram entregues ao domínio do Japão e da Inglaterra.
Além das perdas territoriais, a Alemanha, considerada principal culpada pela guerra, foi obrigada a reduzir seus exércitos, extinguir sua marinha e foi impedida de produzir qualquer tipo de material bélico. Finalizando o rigor das punições contra a Alemanha, o tratado ainda previu uma indenização de 132 bilhões de marcos-ouro às nações vitoriosas. Tal dinheiro seria utilizado para a recuperação de bens públicos e privados, e o pagamento de pensões às vítimas da guerra.
Naquele mesmo ano, o Tratado de Saint-German redesenhou o mapa político-territorial da Europa. O império Austro-Húngaro foi desmembrado em novas nações. A Áustria perdeu suas saídas marítimas e foi obrigada a reconhecer a independência da Iugoslávia, da Hungria, da Tchecoslováquia e da Polônia. O Império Turco-Otomano assinou os tratados de Sèvres e Lausanne, que previa a perda de territórios da Mesopotâmia e da Palestina para a Inglaterra, e o domínio francês sobre a Síria e o Líbano.
Os tratados assinados, ao contrário do que diziam defender, não asseguraram a paz e o equilíbrio entre as nações européias. De acordo com diversos historiadores, a pesadas punições estabelecidas contra a Alemanha prepararam todo o clima de ódio e revanche que alimentaram os preparativos da Segunda Guerra Mundial. Com a ascensão dos regimes totalitários ítalo-germânicos e a crise econômica de 1929, as rivalidades políticas e econômicas seriam reascendidas na Europa.