O Império Persa é um dos maiores e consolidados impérios da Antiguidade. Grandes conquistadores, os persas dominaram a Babilônia, a Palestina, a Fenícia e o Egito. Coube-lhes a proeza, no século VI a.C., de unificar vários povos da Crescente Fértil e construir o maior império da época, que se estendia do Mediterrâneo oriental até a Índia.
Graças a construção de longas estradas, a preservação da unidade política foi favorecida, bem como a realização do comércio entra as regiões mais distantes.
O Império Persa começou a se desintegrar diante das derrotas sofridas em batalhas contra os gregos, conhecidas como as Guerras Greco-Pérsicas. Até então o Império Persa durara duzentos anos.
O processo de decadência se consumou no século IV a.C., quando foi conquistado por Alexandre da Macedônia, que unificou regiões do Oriente e Ocidente.
No segundo milênio a.C., a região situada a leste da Mesopotâmia era ocupada por dois povos: os persas e os medos.
Os medos estavam fixados no norte do planalto, enquanto os persas se estabeleceram na parte sudeste, próxima ao golfo Pérsico. Ali viveram durante séculos, distribuídos em pequenos grupos ou clãs, dedicando-se à pecuária e à criação de cavalos.
Inicialmente, eram os medos quem mantinham o controle da região, dominando os persas. Coube a Ciro (549-529 a.C), inverter a relação, submetendo os medos e tornando-se soberano dos dois povos.
Quando Ciro assumiu o poder, havia três grandes reinos na região: o reino da Lídia, localizado na Ásia Menor, tendo o como centro a cidade de Sardes; o Novo Império da Babilônia que incluía a Palestina e Fenícia; e o reino do Egito. Ciro foi responsável por conquistar os dois primeiros.
No comando do Império, Ciro deixou uma imagem de tolerância. Não interferia na religião nem promovia extermínios, transferências ou escravização dos vencidos. Como exemplo dessa atitude, costuma-se citar o fato de ele ter permitido aos hebreus retornarem à Palestina.
Ciro morreu em combate, em 529 a.C., e foi sucedido pelo filho, Cambises, que conquistou o Egito em 525 a.C. Pouco tempo depois, Cambises morreu e foi sucedido por Dario I (521 – 486 a.C.).
Dario I reconquistou territórios cujas populações haviam se revoltado e realizou novas conquistas, Durante seu governo, os persas viveram o período de maior estabilidade. Nele, o Império Persa cresceu, estendendo-se do mar Negro e do Egito até a fronteira ocidental da Índia.
Entretanto, ao tentar subjugar a Grécia, Dario I sofreu sua primeira grande derrota. A partir de então, teve início o enfraquecimento e consequente declínio do Império.
O imperador persa era considerado um representante de Ormuz, o deus do bem, segundo a religião persa, o zoroastrismo.
A política de Ciro de permitir que cada povo conquistado conservasse seus costumes foi mantida por seus sucessores. Nem todos, porém, foram tão tolerantes quanto Ciro. Dario I, por exemplo, exerceu o poder de forma centralizadora e tirânica.
Com o tempo, o Império foi dividido em províncias, denominadas satrapias, que eram administradas por um sátrapa (espécie de governador, com a principal função de cobrar impostos) e mais dois funcionários ligados ao imperador (um secretário e um general).
Além disso, tais províncias era fiscalizadas de tempos em tempos por inspetores, chamados de “olhos e ouvidos do rei”.
Para assegurar o acesso e o controle de cada recanto do vasto império, foram construídas longas estradas. A principal delas, ligava Sardes, na Ásia Menor, a Susa, próxima ao golfo Pérsico, atravessando uma extensão de 2500 quilômetros.
O império também contava com um eficiente serviço de correios mantinha o imperador sempre informado do que se passava em cada província.
O uso do cavalo como meio de transporte e as estradas facilitavam muito o comércio terrestre entra as mais distantes regiões.
Outra importante contribuição do Império Persa foi a generalização do uso da moeda, inicialmente usada pelos lídios, para facilitar o comércio e a cobrança de impostos em todos os territórios.